domingo, 5 de maio de 2013

XIII Festival de Dança de São Caetano do Sul

Olá! Começou ontem o Festival de Dança daqui da nossa cidade, estão todos convidados para prestigiar os espetáculos e participar dos workshops (a taxa de inscrição para cada um é de 15 reais, exceto dança de salão). Veja a programação abaixo:
ESPETÁCULOS:
Dia 4 de maio
Espetáculo HUMUS com a Cia Antonio Nóbrega de Dança ás 20h no Teatro Paulo Machado de Carvalho (Entrada Franca) 
Dia 5 de maio
Espetáculo OU ISTO OU AQUILO com a Rodopio Cia de Dança ás 18h no Teatro Santos Dumont (Entrada Franca) 
Dia 10 de maio - Fechamento do Festival 
Mostra de Dança Fundação das Artes e Convidados ás 20h  no Teatro Paulo Machado de Carvalho (Entrada Franca)

WORKSHOPS:
Dança Clássica com Valéria Mattos
Local: Teatro Paulo Machado de Carvalho 
Dias 6 e 10 de maio 
Dás 14h ás 16h - a partir do 5º ano
Dás 16h ás 17h30 - 3º e 4º anos
Dança Clássica com Ady Addor 
Local: Teatro Paulo Machado de Carvalho
Dias 7 e 9 de maio
Dás 14h ás 16h - a partir do 5º ano
Jazz com Andrea Sposito 
Local: Teatro Paulo Machado de Carvalho
Dias 6 e 8 de maio
Dás 17h ás 19h - a partir do 5º ano
Dás 19h30 ás 21h - 3º e 4º anos
Dança Teatro com Ton Carbones 
Local: Teatro Paulo Machado de Carvalho
Dias 8 e 9 de maio
Dás 20h30 ás 22h30 - a partir do 5º ano
Dia 9 de maio dás 17h30 ás 19h -  3º e 4º anos
Hip Hop com Rômulo Sartori 
Local: Teatro Paulo Machado de Carvalho
Dia 6 de maio dás 21h ás 22h30 - a partir do 5º ano
Dia 8 de maio
Dás 14h ás 15h30 - a partir do 5º ano
Dás 15h30 ás 17h - 3º e 4º anos
Dia 9 de maio
Dás 21h ás 22h30 - 3º e 4º anos
Dança de Salão com Nelson Paschoalinoto
Local: Saguão da Fundação das Artes
Dia 8 de maio dás 19h30 ás 22h - Aula Aberta 
Flamenco com Fernando Miranda
Dia 7 de maio dás 18h30 ás 20h30 no saguão da Fundação das Artes - a partir do 5º ano
Dia 9 de maio dás 16h ás 17h30 no Teatro Paulo Machado de Carvalho - a partir do 5º ano
Música Aplicada à Dança com Miriam Matsuda
Local: Polo Cultural Casa de Vidro 
Dias 6 e 8 de maio
Dás 18h ás 19h - 3 a 5 anos
Dás 19h ás 20h - 3 a 5 anos
Dás 20h ás 21h - a partir de 8 anos
Danças Brasileiras com Elizabeth Menezes
Local: Polo Cultural Casa de Vidro
Dias 7 e 9 de maio
Dás 18h ás 19h - 3 a 5 anos
Dás 19h ás 20h - 6 e 7 anos
Dás 20h ás 21h - a partir de 8 anos  



sábado, 20 de abril de 2013

Apresentação dos Grupos de Dança


Olá! Amanhã, domingão dia 21 vamos nos apresentar. Que tal aproveitar a tarde de domingo para presenciar um pouco de cultura, não dói nada... é gratuito! Esperamos vocês!
"No dia 21 de abril, domingo, alunos dos grupos de dança Junior, Juvenil e Adulto da Fundação das Artes se apresentam no CEU Meninos (Rua Barbinos,111 - São João Clímaco – SP), a partir dás 16h(não se atrasem pois eles não deixam entrar depois do horário). A entrada é gratuita e a apresentação tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Caetano do Sul.

Os Grupos, que somam um total de 30 bailarinas e 3 bailarinos, se apresentarão com coreografias livres clássicas, neo clássicas e contemporâneas, além de Balés de Repertório, como Grand Pas de Deux de Esmeralda e Conjunto de Repertório Paquita. A direção artística é da professora Fátima Silva. Algumas das coreografias que serão apresentadas estão concorrendo a vagas no Festival de Joinville. 

Os grupos - Os grupos de dança da Fundação das Artes são oferecidos como atividade extracurricular. A existência desses grupos possibilita a descoberta de novos talentos e permite trabalhá-los mais profundamente, por meio de ensaios e aulas diferenciadas, ajudando a aperfeiçoar a técnica individual de cada um. Possibilita aos alunos trabalhar balés tradicionais de repertório, além do contato com outros estilos dentro da dança clássica.

Ao mesmo tempo, os grupos também levam o nome da Instituição, participando de festivais e apresentações em nível nacional, possibilitando aos alunos a vivência de palco e trocando experiência com outros grupos. Assim, os estudantes começam a amadurecer seu lado profissional.
A coordenadora da Escola de Dança da Fundação das Artes é Caren Polido Ferreira. Mais informações pelo telefone 4238-3030." 

Bisous.

domingo, 14 de abril de 2013

Youth America Grand Prix

Olá! Está ocorrendo o YAGP em Nova York e viemos contar um pouco mais sobre ele para vocês, acho que a maioria conhece né?! É feita uma seleção em várias partes da America no ano anterior e no outro ano os finalistas competem em NY. Youth America Grand Prix é a maior competição estudante do mundo, que concede mais de $ 250.000 por ano em bolsas de estudo para escolas de dança líderes a nível mundial. O concurso é realizado anualmente em todo o mundo e em Nova York, e é aberto a estudantes de dança de todas as nacionalidades 9-19 anos de idade.
Lançado em 1999 por dois ex-bailarinos do mundo renomado Ballet Bolshoi, Larissa e Gennadi Saveliev, YAGP é também uma organização sem fins lucrativos criada com a missão de fornecer extraordinárias oportunidades educacionais e profissionais para jovens bailarinos, agindo como um trampolim para uma carreira profissional de dança. Destina-se a cumprir a sua missão, oferecendo:
• oportunidades educacionais para estudantes de dança em todo o mundo
• oportunidade para receber contratos para companhias de dança em todo o mundo
• bolsas para escolas de dança que levam aos EUA e no exterior
• exposição Inestimável profissional para profissionais de renome mundial de dança
• oportunidades de desempenho em alguns dos palcos mais prestigiados do mundo e em festivais de dança em todo o mundo
• oficinas com os professores mestres renomados e juízes da competição
Agora em sua 14 ª temporada, YAGP concedeu mais de US $ 2 milhões em bolsas de estudo para as escolas de dança líderes a nível mundial. Mais de 25 mil dançarinos em todo o mundo participaram de workshops internacionais do YAGP, competições e aulas de audição. Mais de 200 alunos YAGP agora estão dançando com 50 empresas em todo o mundo, incluindo o American Ballet Theatre, New York City Ballet, Paris Opera Ballet e San Francisco Ballet, entre outros.Contribuições para YAGP de educação internacional de dança foram reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência ea Cultura (UNESCO), com uma participação no prestigiado UNESCO Conseil International de la Danse (CID).
Desde o início, Youth America Grand Prix tornou-se um ponto de encontro conhecido internacionalmente por estudantes e professores de dança, onde podem trocar idéias, compartilhar experiências e aprender as informações mais up-to-date em uma variedade de questões em ballet e dança contemporânea. YAGP tem o nível de reputação como uma vitrine para estudantes de dança da América no exterior, mesmo passando da fase preliminar a ser selecionado para participar do New York City Finals dá ao participante uma distinção importante e um impulso à sua carreira de dança profissional.
Anualmente o Youth America Grand Prix Noite de Gala de Encerramento é esgotado e nele apresentam-se finalistas do YAGP com as estrelas de empresas do mundo da dança. “Estrelas de hoje conhecem as estrelas do amanhã", será no Lincoln Center’s David H. Koch Theater na quinta-feira, 18 de abril de 2013. Conheça os brasileiros selecionados que estão em NY representando nosso país:
Bisous

terça-feira, 9 de abril de 2013

Oração da bailarina

Olá! Estamos meio sem tempo para postar aqui, então a frequência de posts irá diminuir por um tempo, mas não os deixaremos!!! Hoje deixamos aqui a oração da bailarina e lembre-se: "FOCO, FORÇA E FÉ"
Bisous.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Estágio da Cia Jovem ETBB no Teatro Bolshoi em Moscou

Olá! Hoje achamos um vídeo muito legal dos bailarinos da Cia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil em 2009 fazendo um estágio no Teatro Bolshoi de Moscou. É um vídeo que une várias partes da aula, mostrando os bailarinos da Cia Jovem fazendo aula com grandes estrelas do Bolshoi na época, como Svetlana Zakharova, Natália Osipova, Ivan Vasiliev, Andrey Bolotin e outros. Esperamos que gostem. Bisous. 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Carla Korbes

Hoje viemos falar sobre Carla Korbes, outro orgulho brasileiro, mas não tão reconhecida aqui no Brasil, uma pena... Ela nasceu em Porto Alegre, estudou no Ballet Vera Bublitz, mudou-se para Nova York e estudou na The School of American Ballet, ingressou no New York City Ballet e, quando era solista, migrou para o Pacific Northwest Ballet onde é primeira-bailarina desde 2006. Sim, uma carreira espetacular, e mais surpreendente ainda é ver ela dançando, o sentimento, a técnica, tudo impecável! Leiam a matéria do O Globo e surpreendam-se com a história dela: http://oglobo.globo.com/cultura/carla-korbes-dancarina-que-faz-tempo-parar-7654573 e abaixo um vídeo do seu perfil realizado pelo Pacif Northwest Ballet:


Ela é espetacular né? Bisous.

sábado, 30 de março de 2013

Captives of Terpsichore

Olá! Hoje viemos com mais um documentário da Perm Ballet School... 
"Captives of Terpsichore apareceu em 1994 e é um documentário que se concentra em uma das maiores professoras de ballet do século XX, Ludmila Pavlovna Sakharova. Sakharova é diretora da Perm Ballet School. No documentário, a personagem mais importante ao lado da professora é Natasha Balakhnicheva, uma estudante em preparação para a competição internacional, Arabesque, realizada em Perm. Críticas do comportamento da professora eram muitas depois de desenvolver o filme, ela está sendo rotulada como uma bruxa má. Ela grita com os alunos e bate neles durante as aulas e imagens de primeiro plano mostram os rostos que retratam as emoções que são dominadas pelo medo. Apesar do comportamento ditador, Sakharova colocava muita energia em seu trabalho, e as reações no final do documentário mostra que ela ama seus alunos e profissão, embora lute para mostrar isso."
Mais uma vez, apesar de não estar em português, as imagens mostram tudo. Ele está dividido em 4 partes no youtube, esperamos que gostem. Bisous. 

Feliz Páscoa!

Nós do Sentat La Danse desejamos uma ótima páscoa à todos! Hoje está liberado o chocolate, mas segunda já volta a dieta ein? hahaha. 
"Que nesta páscoa haja muito doce na tua vida. O doce sorriso daqueles que amam, a doce alegria de ter o pão na tua mesa e a doce esperança de um futuro de paz e prosperidade!"
Bisous

quinta-feira, 28 de março de 2013

Cambrés

Olá! Hoje vamos tratar um pouco de vocabulário: cambrés. Existem devant, derrière e a la seconde e também os en tournant que passam por esses três cambrés, tem o cambré en tournant en dehors e o en dedans. Vejam a baixo foto de cada um:
Cambré devant (flexionar o corpo para frente) Esse pode também ser chamado de souplesse
Cambré a la seconde (arquear o corpo para o lado)
Cambré derrière (arquear o corpo para trás)

Lembre-se de sempre alongar-se ao máximo nos cambrés, da pontinha do coque até o fim da coluna, haha! Bisous 


terça-feira, 26 de março de 2013

Um brasileiro no Royal Ballet

Olá! Achamos uma matéria bem legal que conta a história de um dos grandes orgulhos brasileiro: Thiago Soares. Não temos muito o que falar, o texto abaixo já fala tudo. 
"Thiago Soares é um exemplo clássico, em todos os sentidos da palavra, do talento brasileiro que quebra barreiras, geográficas e culturais, e ganha o mundo. Carioca, de Vila Isabel, Thiago descobriu a dança através do seu irmão mais velho, que tinha um grupo de street dance. Dos 15 para os 16 anos, através da conquista de uma bolsa de estudos, deu os primeiros passos no universo da dança clássica. Mas o grande passo foi dado quando ele ganhou uma competição internacional na França. Uma medalha de ouro na Rússia, a primeira do Brasil na competição, diga-se de passagem, abriu as portas para que ele colocasse os pés em Londres. Mais especificamente, no Royal Ballet, uma das companhias de dança mais respeitadas do mundo..."
Para continuar lendo a matéria e ver o vídeo: Um brasileiro no Royal Ballet. Bisous. 



domingo, 24 de março de 2013

A Beautiful Tragedy: Ballet Documentary

Olá! Hoje mais um documentário, acho que esse a maioria já ouviu falar ou viu algum trecho e etc, mas mesmo assim não custa comentar e deixá-lo aqui completo né? 
"A Beautiful Tragedy é  um documentário sobre o esforço para a perfeição. Fala sobre os 15 anos de idade da Oksanna que segue o sonho de sua mãe ao vê-la se tornar uma bailarina. Ela decide sacrificar a sua juventude e dedicar nove anos da sua infância a uma escola de ballet da Rússia. Para conseguir um lugar nessa escola o corpo tem que ser perfeito: cada parte do corpo é dado em pontos, 5 é a perfeição. Então eles olham para ver como as crianças são flexíveis, esticando os seus pequenos corpos em cada sentido. A maioria delas passam 9 anos nesta escola, sacrificando a sua juventude em sofrimento com uma dor insuportável - só para perceber que o seu sonho não se realizará. O seu objetivo final poderia deixar de funcionar a qualquer momento. A professora principal é Sacharova, é muito rigorosa com as bailarinas, fazendo-os chorar de cansaço. Ela pega numa das bailarinas de lado e diz-lhe irritada, que o mais importante do que sua capacidade física é a sua aspiração intelectual. Somente os inteligentes se tornarão bons dançarinos. Oksana não faz isso só para a sua própria fortuna, ela também quer que a sua mãe tenha  uma vida mais próspera. A mãe começou a esticar a filha quando ela tinha três meses para que ela pudesse obter um corpo longo e fino - apto para o ballet, horrivel não é!? Ela nega repetidamente o seu talento e sua magreza, pensando em si mesma como uma bailarina gorda e horrível. Mas já superou a sua anorexia e está muito feliz."
Terrível né?! Mas é interessante ver como as meninas se sacrificam e tem que aguentar a professora acabando com elas a todo momento, além da questão da alimentação, de muitas serem anoréxicas e da pressão. Uma ótima recomendação para assistir, vocês vão se emocionar com ela e conhecer a realidade de muitas russinhas por ai, acham que elas são aquelas molas saltantes e rodopiantes à toa? tem muita história por trás disso... Lembrando que o documentário não está em português, mas só as imagens já traduzem tudo, esperamos que gostem. Bisous. 
Ele completo: 
Ou em partes: Parte 1 - Parte 2 - Parte 3 - Parte 4 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Ensaios e correções

Olá! Hoje viemos falar sobre ensaios e correções. O que seria de um bailarino(a) sem as incansáveis horas de ensaios e aulas e as correções de seus mestres? Por trás de cada conquista de um bailarino(a), para cada minuto de magia no palco, entre outras coisas há muitas horas de ensaio e muitas correções e dicas... Quem assiste não imagina o quanto o bailarino(a) ensaiou para simplesmente dançar uma variação de 1 minuto e alguns segundos ou até mesmo o conjunto. São meses de ensaios e minutos de apresentação, minutos de total entrega do corpo e da alma. Então aqui deixamos vídeos de grandes bailarinas e bailarinos sendo ensaiados pelos seus mestres, mostrando que não importa o sucesso e a carreira, você sempre terá o que aprender e melhorar... Bisous 




quinta-feira, 21 de março de 2013

Dicas de conservação do seu tutu

Olá! Hoje vamos dar dicas para você manter seu tutu em ordem, eles são tão queridos para nós! O mais conhecido, o tutu prato ou panqueca ou como preferir chamar e o balanchine é recomendável guardar e transportar em bolsas especiais para isso como a que mostramos aqui, além de sempre deixar em superfícies retas:
Já tutus românticos e saias é recomendável guardar ao contrário (pendurado pela parte de baixo do collant)   e para transportes tem essa bolsa:
Esperamos ter ajudado, bisous.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Tipos de tutu

Olá! Hoje viemos falar sobre um assunto mágico: tutus, quando se pensa em bailarina primeira coisa que lembra-se é daquela imagem da menina com coque, collant rosa e tule rosa, ou aquela grande bailarina com o seu tutu prato, toda linda... Enfim, quais são os tipos de tutu?
Tutu Prato ou Bandeja: é aquele tutu mais cobiçado pelas bailarinas. Ele é geralmente feito de tule com uma armação de arame, imbutido no collant ou com um corselet.
Curiosidade: dizem que apenas as melhores bailarinas usam tutu prato, pois quanto mais levantado o tutu é, mais fica à mostra o trabalho de pernas da bailarina, sua boa técnica.
Tutu Sino: é mais usado pelas pequenas. Tem várias camadas de tule, e não fica tão armado quanto o tutu prato.
Tutu Romântico: É igual ao tutu sino porem ele é menos armado  já que tem  três quarto de comprimento. Geralmente já é montado com o corselet .O comprimento é entre os joelhos e os tornozelos.
Tutu Balanchine\Karinska : essa forma de tutu é similar aos estilos sino e tutu panqueca, exceto que não são utilizados aros e há menos camada e pano. A saia é levemente pregada para dar uma aparência mais suave, mais cheia .
Esperamos que tenham gostado, bisous

sábado, 16 de março de 2013

Cinemark apresenta Royal Opera House


Novidade!! O Cinemark apresentará o espetáculo de Bela Adormecida do Royal Opera House! Hoje mesmo começa. Confiram no site, e assistam! Vale a pena, não percam! Bisous.


Perm Ballet School

Olá! Hoje viemos mostrar um documentário da Perm Ballet School. A Perm Ballet School é uma das 3 melhores escolas de ballet da Rússia, as outras são a Vaganova Academy e o Bolshoi.... O documentário mostra as últimas aulas e o exame final de uma das turmas de Ludmila Pavlovna Sakharova, que por 30 anos dirigiu a Perm Ballet. Vale a pena assistir esse documentário dividido em 4 partes no youtube. O melhor é ver a rigidez que ela conduzia as aulas e no final mostra um pouco do espetáculo. Apesar de não estar em português as imagens traduzem tudo, esperamos que gostem. Bisous.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Um dia na vida da bailarina do Royal Ballet

Olá! Hoje viemos falar sobre um orgulho brasileiro: Roberta Marquez. Roberta começou a estudar ballet no Teatro Municipal do Rio de Janeiro com seis anos. Formou-se 10 anos depois. Mas, sua vida começou a mudar em 2001, quando a coreógrafa russa Natalya Makarova veio ao Brasil remontar um balé e se encantou com Roberta. Mais tarde, Makarova foi contratada pelo Royal Ballet de Londres para fazer uma nova produção de "A bela adormecida". Em janeiro de 2003, uma bailarina ficou grávida e Roberta foi convidada para algumas récitas. Acabou se apresentando no mesmo ano mais lá do que aqui. Após o sucesso desta temporada, recebeu outros convites e acabou participando de temporada da companhia inglesa na Rússia. Depois, voltou a Londres para dançar "Giselle". O maior prêmio que ela conquistou foi em 2001: uma medalha de prata no Concurso Internacional de Moscou. Há oito anos Roberta ocupa o cargo máximo de uma das principais companhias de dança do mundo, o Royal Ballet de Londres. Achamos uma matéria muito legal publicada na revista Serafina, da Folha de São Paulo, no dia 26 de setembro de 2010, onde a querida Cássia do blog Dos passos da bailarina publicou o texto completo no blog dela, deixamos abaixo o texto e para quem quiser ler no blog dela: aqui. O texto é muito interessante e muitas coisas chamam atenção. 

Sapatilhas e fanta laranja, por Roberto Kaz

Numa quinta-feira recente, fazia frio em Londres. Chovia e ventava – o que, para corpos mais frágeis, impedia qualquer investida à rua sem o auxílio prévio de um pão quente e de uma xícara de café.
Com seus 43 quilos, a bailarina Roberta Marquez preferiu sair de barriga vazia. Vestiu collant, calça e casaco. Com o cabelo preso, tomou o metrô rumo à Royal Opera House, sede do balé onde trabalha. Às 10h, minutos antes da aula matinal, tomou café e beliscou um croissant. Mais não comeu. “Senão fico cheia”, justificou.
Roberta é primeira-bailarina do Royal Ballet – cargo de maior importância na mais prestigiosa companhia britânica de dança clássica. Entre os principais grupos de balé do mundo, apenas outros dois brasileiros ocupam posição similar. Roberta é a única do sexo feminino, em que a concorrência é fortíssima. “Os meninos, na infância, ganham bola de futebol. As meninas, sapatilhas. O universo da dança tem muito mais bailarina que bailarino”, explica.
Bailarinos, à diferença de funcionários, trabalham nos fins de semana. Logo, pela heterodoxia de horários, tendem a se casar com membros da mesma espécie. Roberta divide um apartamento com o cubano Arionel Vargas, também primeiro-bailarino, mas do English National Ballet, companhia inglesa de menor distinção. Os dois acordam regularmente às 9h para, uma hora depois, estarem a postos para os ensaios matinais – cada qual em um teatro.
Naquela quinta-feira, ela achou um assento vazio no metrô. Aproveitou o trajeto para ver, no iPod, um vídeo da coreografia que estava ensaiando – para a “Sinfonia em Dó Maior”, do compositor francês Georges Bizet. Já no teatro, trocou os sapatos por sapatilhas, vestiu polainas (para aquecer os tornozelos) e se juntou a 25 outros bailarinos para a aula masculina (homens e mulheres fazem aulas separadas, mas, por ocupar um cargo de destaque, Roberta tem direito a escolha).
Sob o comando quase militar da professora cubana Loipa Araujo, que supervisionava a execução dos passos (“Um, dois, ‘demi-plié’. Um, dois, ‘echappé’”), Roberta se alongou, flexionou, saltou, deu piruetas. Em seguida, já devidamente aquecida – e suada –, vestiu o figurino para o primeiro ensaio. A sala foi tomada por dezenas de bailarinos, um pianista, uma leitora de benesh (a partitura para balé) e pela diretora Patrícia Neary. Pelo resto do dia, ela ainda teria um segundo ensaio e um intervalo para a prova de roupas. “Não tem como comparar minha vida aqui com a do Brasil. Tudo muda, até os detalhes do figurino”, ela disse. “Hoje, não preciso me preocupar com nada, só com a dança. No Brasil, eu tinha que comprar sapatilha, me preocupar com o meu salário, porque, às vezes, faltava.”
Primeira-dama
Roberta Marquez nasceu há 33 anos no Rio de Janeiro. Entrou na Escola Estadual de Dança do Teatro Municipal aos oito anos, após ser levada pela mãe para assistir ao balé “O Lago dos Cisnes”. Aos 16, já fazia parte do corpo de baile e, aos 24, era primeira-bailarina do grupo. O novo cargo, em vez de alegrá-la, gerou frustração: “No Brasil, com sorte, você consegue fazer três balés por ano. Quando virei primeira-bailarina, eu me vi pensando: ‘É isso? E agora? Eu quero dançar.’”.
Em 2003, devido à contusão de uma dançarina do Royal Ballet, Roberta integrou provisoriamente a companhia britânica. O convite foi intermediado pela diretora russa Natália Makarova, que, meses antes, a conhecera no Teatro Municipal do Rio. “Eles precisavam de alguém para fazer a Bela Adormecida”, Roberta lembrou. “Treinei como louca durante três meses. Estava muito nervosa.” Um ano depois, seria contratada em definitivo, já como primeira-bailarina: “Não imaginei que chegaria aqui dessa maneira. Se não fosse tão rápido, teria tentado com minhas próprias pernas, mas provavelmente começaria em outra posição”, disse.
Ela diz jamais ter pensado em outro tipo de dança que não a clássica: “Não quis ser do Grupo Corpo. No balé clássico, você sempre conta uma história. No contemporâneo, não. Aqui, um dia eu sou um cisne, no outro, Bela Adormecida, no outro, Julieta”. Tampouco sonhava com as companhias russas de dança: “Pensava no Royal Ballet, na Ópera de Paris e no American Ballet Theatre. Na Rússia, eles têm uma obsessão pela execução perfeita. Você acaba virando uma ginasta.”.
A bailarina diz ter mudado o estilo desde que chegou ao grupo britânico. “Quando era mais jovem, eu me preocupava demais com a técnica. Mas ela sozinha não basta. Consigo ver quando alguém está dançando com o corpo, mas sem a cabeça. É o conjunto que faz diferença.” Hoje, ao fazer um balé como Romeu e Julieta, diz “pensar em tudo o que se passa na cabeça dela quando vê Romeu morto”: “Aqui, na Inglaterra, eles dão mais valor à atuação. Às vezes, eu me sinto uma atriz sem falas.”.
O cotidiano, no entanto, faz que se lembre de que não é uma atriz sem falas: bailarinos, qual jogadores de futebol, contundem-se. Em janeiro, Roberta estirou a panturrilha. “Foi o primeiro machucado sério que tive em Londres.” Após pausa de quatro dias, voltou ao batente: “A vida no balé não é fácil. Você sacrifica tudo”, diz. Por tudo, entenda-se gravidez (“Não posso abrir mão da carreira.”) e prazeres da mesa (“Muito raramente bebo um vinho. Se tenho que me apresentar de branco, fecho a boca.”).
Às 16h, Roberta interrompeu a entrevista para a prova de figurino. Antes de se despedir, indagou se o repórter já havia almoçado. Ao ouvir a mesma pergunta em resposta, indicou com os olhos a lata de refrigerante que segurava, uma Fanta Laranja. Era o seu repasto.
Revista Serafina, Folha de S.Paulo, 26 set. 2010.

E recentemente, quando Roberta esteve no Rio para a Gala no Theatro Municipal ela deu uma entrevista para CARAS, vale a pena conferir: aqui. Bisous. 

terça-feira, 12 de março de 2013

Dedicação, cobrança e disciplina

Olá! Hoje viemos comentar sobre dedicação, cobrança e disciplina, que são assuntos ligados. É preciso amar muito o ballet para conseguir aguentar toda a pressão e as dificuldades que ele nos trás e além de tudo isso dedicar-se ao máximo. Achamos um vídeo que mostra a aula feminina e a masculina de alunos do Bolshoi, crianças, no caso... É possível observar que com pouca idade a cobrança já é imensa e a disciplina é de se admirar! E é isso que realmente teria que acontecer em todas as escolas de ballet, deveria ser cobrado e estipulada uma disciplina desde pequenos, uma disciplina rigorosa e uma cobrança grande para que assim quando crescerem terem uma ótima base. Então que isso sirva de exemplo e que cada vez mais cresça a nossa dedicação e disciplina e que sempre tenhamos força para aguentar as cobranças! Deixamos aqui o vídeo, bisous.

domingo, 10 de março de 2013

Barbie em o Quebra Nozes: Vivendo um sonho de Ballet

Olá! Mais um documentário... Agora é melhor ainda, ele está em português! Muito legal, vale a pena assistir. Ele está dividido em 3 partes, esperamos que gostem. Bisous.
Mattel Entretenimento e Escola do Ballet Americano apresentam: "Vivendo um Sonho de Ballet"
Seis garotas, diferentes, e com um objetivo principal: serem bailarinas. Maria Kowroski, a principal bailarina do Ballet da Cidade de Nova York conta sua história junto com outras 5 meninas."Vivendo um sonho de ballet" nos ensina a acreditarmos em nossos sonhos e que somos capazes.
No youtube: Parte 1 - Parte 2  - Parte 3

sexta-feira, 8 de março de 2013

Feliz Dia da Mulher!

"Quem você pensa que é?"
perguntou pra mim de queixo em pé...
Sou forte,
fraca,
generosa,
egoísta,
angustiada,
perigosa,
infantil,
astuta,
aflita,
serena,
indecorosa,
inconstante,
persistente,
sensata e corajosa,
como é toda mulher,
poderia ter respondido,
mas não lhe dei essa colher.
Martha Medeiros

Bailarinas são as mulheres que fazem de tudo e mais um pouco. Nossa vida é estressante, corrida, cansativa, sofrida... Mas sobrevivemos, vivendo um dia de cada vez. Mesmo com as dificuldadades, estamos sempre procurando fazer mais e mais. Fazemos o que amamos, então o resto não importa.

Parabéns mulheres! De salto, de tênis ou de sapatilhas, vocês surpreendem cada vez mais.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Colo de pé falso

Olá! Hoje vamos falar sobre um grande artefato para as bailarinas: COLO DE PÉ FALSO! Essa é uma dica que todas podem usar porque valoriza a linha de perna de qualquer um. O que ajuda é que tem um modo fácil de utilizar e passa despercebido a muitos olhares achando que é natural, tem dois tipos:
Para verem um pouco dessa divindade, rsrs: 
Vá logo atrás do seu, haha. Bisous

segunda-feira, 4 de março de 2013

Aurelie Dupont- L'espace d'un instant

Olá! Hoje viemos mostrar um documentário que achamos sobre a Aurélie Dupont. Dividido em oito partes, ele foi filmado ao longo de três anos. Todo falado em francês, sem legendas, podem assistir sem receio, porque isso não atrapalha em nada. É muito legal, vale a pena assistir... Mostra ela com 12 anos até agora adulta. Aqui deixamos uma montagem com cenas do documentário e em baixo os links para vocês assistirem o documentário completo no youtube, ele está dividido em 4 partes, esperamos que gostem. Bisous. 



Documentário: Parte 1 - Parte 2 - Parte 3 - Parte 4

sábado, 2 de março de 2013

Bolshoi Ballet Class Concert

Olá! Hoje viemos mostrar os vídeos do Concerto de Classe do Bolshoi, onde eles fazem uma apresentação mostrando exercícios de aula, é bem legal... Deixamos aqui o de 2011 que é o mais recente que tem no youtube, mas em baixo deixaremos também o de 2007 e o de 2009. Esperamos que gostem, bisous.

Bolshoi Ballet & School Class Concert 2007: Parte 1 - Parte 2 - Parte 3 - Parte 4
Bolshoi Ballet & School St Petersburg Class Concert 2009: Parte 1 e Parte 2
Bolshoi Ballet Class Concert 2011: Completo      

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Gala Royal Opera House

Olá, vamos falar sobre a GALA ROYAL OPERA HOUSE que  irá acontecer amanhã dia 1º até domingo, dia 3 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com a participação dos oito primeiros bailarinos do Royal Ballet de Londres e três cantores do programa Jette Parker para Jovens Artistas.
Uma grande chance de ver o trabalho magnífico desses  grandes bailarinos  e cantores de pertinho. Ai vai o link da página para quem estiver interessado em  ver: http://www.theatromunicipal.rj.gov.br/marco.html

Foto retirada do site
Bisous, até a próxima.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Só quando eu danço

Olá! Hoje viemos apresentar um lindo e interessante documentário sobre um menino e uma menina da periferia que lutam para alcançarem seu sonho. É muito legal, vale a pena assistir, deixamos aqui a ficha técnica e o link dele completo no youtube.
(Only When I Dance, 2009)
• Direção: Beadie Finzi
• Roteiro: Giorgia Lo Savio (ideia), Christina Daniels (ideia)
• Gênero: Documentário
• Origem: Brasil/Reino Unido
• Duração: 78 minutos
• Tipo: Longa-metragem
• Sinopse: Os adolescentes Irlan e Isabela encaram um momento decisivo para a realização de seu grande sonho: dançar balé profissionalmente. Além das longas horas de treino diário no prestigioso Centro de Dança Rio, onde ganharam uma bolsa, os dois precisam superar a barreira econômica e social que os separa dos demais. Irlan mora numa favela no Complexo do Alemão e luta para conseguir terminar a escola. Já Isabela, habitante do subúrbio carioca, é negra e enfrenta o preconceito até de sua instrutora. Para estes dois talentosos jovens, sair do país é a única esperança de um futuro brilhante.



Aproveitem, bisous. 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pai e filho

Olá! Encontramos um vídeo muito divertido de um pai dançando com o filho.



Isso serve para mostrar que qualquer um pode dançar, seja velho, novo, homem, mulher, alto, baixo, gordo, magro... Apenas depende da força de vontade de cada um, se você realmente ama a dança, não desista dela nunca.

Bisous

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A vida do artista para além do “Bravo!”

Olá! Hoje trouxemos um texto muito lindo publicado no Diário da Rússia, vale a pena ler... Além do texto ser escrito pela bailarina Mariana Gomes, brasileira, mas que está na Rússia, no Bolshoi. Copiamos e colamos, mas se preferirem podem ler neste link: http://www.diariodarussia.com.br/mariana-gomes/noticias/2011/05/28/por-tras-do-sorriso/ 


Por trás do sorriso 


Abrem-se as cortinas! Agora com tanta tecnologia! Transmissão ao vivo do balé clássico russo, a arte sofisticada também no cinema! Diretamente do palco mais consagrado do mundo, o espetáculo “Coppelia” do Bolshoi é neste domingo, 29.
Três atos, cheios de cores, cultura polonesa, dança popular, a borboleta voa pelo palco com Swanilda. O Senhor Copélius cria suas bonecas. O casamento no último ato e a famosa Valsa do Relógio. Muitas danças alegres. A técnica exige muita precisão, para solistas e corpo de baile. Figurinos, perucas e, no rosto de cada artista, o sorriso.
Mas hoje não vou contar a história do balé “Coppelia” nem citar quando foi coreografado, estreado, a ordem das danças, figurinos, etc. Essas informações qualquer um pode obter sem precisar ler a minha coluna. Venho hoje falar sobre este tal sorriso. A expressão alegre que nós, artistas, devemos levar ao palco para contagiar o público, nossa obrigação diária de mostrar a todos o amor e a dedicação que temos àquilo que fazemos.
Sorriso sincero? Para alegrar a plateia! Plateia esta que pagou para assistir a pura beleza, leveza, riqueza, técnica absoluta... Quantas e quantas vezes nos ensaios escutamos a frase: “Sorriam, não mostrem que está doendo, a plateia pagou caro e não tem culpa de que vocês estão com bolhas ou dores no corpo todo.”
É verdade, não posso contrariar. É, sim, o nosso trabalho, e posso garantir que com muita dor e muito esforço a maioria dos artistas está no palco por puro amor à arte, e jamais conseguem imaginar a vida deles sem isso.
Desde tão pequenos acostumados a calçar suas sapatilhas todos os dias, alongar antes da aula, suar, saltar, sentir dor, passar um creme na perna ao chegar em casa, colocar pés na água com sal, maquiar, prender o cabelo com grampos, vestir a malha e dançar conforme a música que a orquestra tocar. Repetimos isso todos os dias! Mal conseguimos imaginar a vida sem isso.
Acredito que a maioria dos bailarinos (e eu, particularmente) não suporta a pergunta nas entrevistas: “Quais os seus planos futuros? O que vai fazer quando parar de dançar?” As pessoas acham que discutimos isso nos camarins? Não, é um tema guardado, que ninguém sabe responder ao certo, e nem gosta de lembrar que esse dia vai chegar. Triste só de imaginar.
Mas, voltando ao sorriso...
O que será que este sorriso realmente quer dizer para a plateia? Será que a plateia consegue imaginar a verdadeira vida do bailarino logo depois do fechar das cortinas? A realidade do bailarino profissional? Ao sair pela porta dos fundos do teatro, a espera pelo metrô, depois do metrô ainda muitas estações em um ônibus, e assim, depois de algumas horas, aquele ou aquela artista chega à casa exausto, encontra sua família. Os filhos talvez já na cama, e não os vê há dias... De manhã cedinho, sair de casa para a aula de clássico e voltar à sua rotina. Muitos ensaios que não deixam o artista sair do teatro praticamente o dia inteiro, às vezes uma ou duas horas de intervalo insuficientes para chegar em casa, pois com certeza a maioria mora muito distante do centro da cidade, e neste intervalo de tempo almoçar todos os dias nos restaurantes próximos ao teatro – não é a opção para um bailarino, não aqueles com quem convivo. Poucos são aqueles que conseguem ainda frequentar uma faculdade e ter uma esperança para uma segunda profissão, para sustentar sua família, ou para prosseguir depois da aposentadoria, afinal é uma carreira de apenas 20 anos. Tardes jogadas pelo teatro, de sala em sala, os ensaios só se acumulam quando os espetáculos estão muito frequentes (5 ou 6 vezes por semana), dormir uma meia hora no sofá do camarim antes do espetáculo, jogar a perna para cima, tomar uma vitamina, rapidamente comer um fruta, fazer alguma ginástica, antes do próximo ensaio, e logo já se preparar para o espetáculo, fazer o cabelo, maquiagem, colar o cílios e – ufa! – o dia já está acabando, só falta dançar o espetáculo, que acaba sendo mais fácil do que ensaiar repetidamente na sala de aula.
Nervoso, frio na barriga? Sempre tem um pouco, mas, com a frequência com que estamos no palco, a gente acaba se acostumando, aprendendo a conviver com isso, e entramos no palco do mesmo jeito como uma pessoa entra no seu escritório todo dia de manhã e liga seu computador.
Acabou o espetáculo. A cortina fecha, e rapidamente voltamos à pose inicial. A cortina abre logo em seguida e lá estamos nós, esperando os aplausos. Solistas entram de um em um para receber seus “Bravos”, nossas pernas já não respondem mais, a gente só quer ir para casa. É claro que para o artista é muito importante o aplauso e o reconhecimento do público, mas às vezes, parado naquela pose, já no fim do espetáculo, a única coisa que conseguimos pensar é: “Parem de aplaudir, pelo amor de Deus, deixem a gente ir para casa porque amanhã cedíssimo tem ensaio.”
Um esforço diário, um cansaço físico e moral sem tamanho de estar no palco todos os dias, escutando críticas e correções. Sorrindo pelos corredores para os mais de 600 funcionários (de ópera, balé, orquestra, administração, etc.). Trabalhamos por puro amor à arte, sim, mas e a vida pessoal? Onde ficam a família, os amigos?
Respiramos a música clássica todos os dias e nos alimentamos de exercícios. Aqui dentro, esquecemos da vida, ficamos viciados e cegos.
Muito brilho e glamour, figurinos ricos, desenhados até por Givenchi. Turnês milionárias, em maravilhosos hotéis, praias particulares em Abu Dhabi, banquetes nos melhores restaurantes, festas nas melhores boates da cidade, atendimento diferenciado em qualquer país, somente por citar a palavra mágica: Bolshoi. Escondida em toda essa beleza e pompa está uma realidade muito dura. Que poucos sabem e muitos têm medo de sequer tocar no assunto.
Foi num dia comum de ensaio-geral de “Giselle” que o diretor chegou no intervalo dos atos e levantou a questão de faltar às aulas. Diminuiria o salário pela metade daqueles que faltam mais de um certo número de aulas de clássico por mês. Até então tudo ia como de costume, eis que levanta a mão um dos bailarinos do corpo de baile, que, como muitos outros, não consegue estar presente a algumas aulas de clássico pela manhã, por frequentar faculdade e tentar uma segunda profissão, porque já está se aposentando... (Um teatro com 300 bailarinos, são diversos os casos e motivos.)
Então o bailarino explica os motivos pessoais, pelo qual ele não consegue frequentar as aulas, explica que, mesmo não conseguindo chegar à aula cada manhã, passa o dia inteiro no teatro, em todos os ensaios. Tem dois filhos em casa, esposa também bailarina, tenta ajudá-la, mas o salário é insuficiente para o estudo das crianças, e, por mais que ele dance todos os balés da programação, não consegue sustentar sua família. Ele diz em voz alta e na presença de todos: “Por favor, não diminua nosso salário, que já é mínimo, eu tenho dois filhos para criar e não estou conseguindo...” E assim prosseguiu o ensaio, sabendo que aquele foi só um exemplo, de muitos e muitos casos iguais dentro do teatro.
Foi necessária extrema concentração para calçar a sapatilha e seguir o ensaio-geral do segundo ato de “Giselle”, minhas lágrimas nos olhos afetavam minha visão de uma maneira que eu não conseguia segurar uma linha sequer do desenho do corpo de baile. Mas nenhuma correção foi feita, silêncio e tristeza naquela sala de ensaio. A professora com muita força tirava alguma palavra e dizia ao microfone um ou outro elogio. O silêncio mostrou naquele ensaio a tristeza e o reconhecimento, de todos os bailarinos, de que é o nosso destino. Suor, dedicação, trabalho, muito trabalho com plena consciência de que sempre assim será, amor pela arte, sem qualquer considerável remuneração. O ensaio continuou, o espetáculo foi lindo e todos continuam dando o máximo de si a cada dia. Só nos resta esperar o “Bravo!” da plateia no fim do dia.
Sempre assim será. O amor pela arte e, mais que isso, amor pela tradição, pelo nome mágico: Bolshoi, com seus 230 anos. Bailarinos do mundo inteiro estão prontos a trabalhar neste teatro mesmo sem nenhuma remuneração, somente para poder estar aqui dentro. Até que ponto isso é bonito? Até que ponto a arte nos faz bem? Será que estamos deixando a nossa vida um pouco de lado?
Hoje, depois deste ensaio-geral de “Giselle”, já foram marcadas reuniões diversas para discutir o tema salário, e todos os bailarinos se reuniram para ajudar financeiramente um colega que precisou fazer uma cirurgia e faltaram recursos.
Para amanhã mesmo já foi marcada uma reunião no teatro a respeito do salário e do gráfico de trabalho. Afinal, agora o tema está aberto sem medo, estamos todos com esperanças de reconhecimento profissional.
Então, caros amigos da plateia, ao sentarem no cinema neste domingo para assistir ao grandioso balé de 3 atos “Coppelia”, ou ao sentarem em qualquer plateia de teatro do mundo, levem em consideração que atrás de cada sorriso também há uma realidade muito dura. O artista do corpo de baile que está no palco todos os dias, sem exceção, tem muito amor pelo que faz e não é menor em nenhum aspecto do que a primeira-bailarina ou o solista superestrela que vocês veem no centro do palco. São todos bravos guerreiros, numa luta diária pelo seu lugar no palco, seja ele qual for.
Fomos unidos pela arte e pela esperança de que, além do grito de “Bravo!” que vamos ouvir mais uma vez esta noite, um dia cada artista terá seu devido reconhecimento.

Bailarina Mariana Gomes, do Bolshoi

Esperamos que tenham gostado, bisous.